Medicina no Ensino Privado?

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É sabido o nosso défice de médicos, fruto de uma oferta educativa de poucas vagas, e também, de uma “cisma” de não permitir a abertura de novas licenciaturas em medicina no Ensino Superior Privado.

É evidente e óbvio que, ministrar este curso, será de uma enorme responsabilidade, e que, só o poderão fazer, instituições que cumpram os requisitos e que se proponham a faze-lo com Excelência.

Assim, e tendo em conta que, desde o ano 2000, existem uma série de propostas em “cima da mesa”; o referido défice; a emigração de estudantes portugueses para Espanha e República Checa à procura da almejada licenciatura; a previsivel perda acrescida de médicos entre 2012 e 2017 por aposentação e a crescente necessidade do sector hospitalar privado, impõe-se a dúvida.

Existem deficiências, nomeadamente na viabilidade financeira dos projectos, insuficiências ao nível do corpo docente, falta de protocolos com unidades hospitalares, nas candidaturas das instituições?

ou…

Este Governo tem algum preconceito com o Ensino Superior Privado?

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2 respostas a Medicina no Ensino Privado?

  1. Caro André,

    A frase final deveria ser dedicada a todos os Governos… ou a memória é curta. A UFP, por exemplo, aguarda uma aprovação desde 2000.
    No entanto, uma comissão feita em 2004 para avaliar as candidaturas das diversas universidades privadas detectou deficiências em todas as candidaturas, nomeadamente na viabilidade financeira dos projectos, insuficiências ao nível do corpo docente e o facto de instituições concorrentes terem celebrado protocolos com o mesmo hospital.
    Não será fácil às privadas garantir todos os preceitos necessários a este tipo de cursos.

  2. Pedro, desde 2000, tal como referi, existem uma série de propostas e não apenas a da UFP. Lusófona, CESPU, Católica, Egas Moniz, Vasco da Gama, Piaget e UFP, são as 7 candidaturas apresentadas.
    Quanto à comissão que falas, esta, aliás, este, já que se trata de um grupo de missão criado para o efeito, sim, avaliou, mas nunca foram revelados os relatórios mas apenas as conclusões, para além das mesmas terem quase 5 anos.
    Entretanto as propostas evoluiram, as necessidades também, mas a vontade dos Governos ainda não surgiu.
    Governos, sim, desde 2000 tivemos vários, a saber 4, e Como a memória não é curta (como referes) assim de repente reportando-me aos anos de gestão dos mesmos relacionando com os partidos, a conclusão é clara:
    6 anos de poder socialista e 3 afectos ao PSD.

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