Requerimento. Programa “E-escola”

Requerimento Aqui!

O Grupo Parlamentar do PSD teve conhecimento de que, no âmbito da iniciativa e-escola, pelo menos uma Instituição Particular de Solidariedade Social, mais concretamente um lar de Infância e Juventude que acolhe cerca de cinquenta crianças sem qualquer apoio familiar, viu a inscrição de várias dessas crianças, no referido “programa e-escola”, ser recusada.

Com efeito, após a referida inscrição ter sido solicitada, a resposta do Governo foi rápida e cortante: os computadores só seriam distribuídos caso um responsável pelos menores – pessoa singular –  fornecesse os seus dados pessoais.

Sucede que muitas destas crianças não têm qualquer retaguarda familiar sendo que a Instituição, enquanto tal, o representante legal dos menores. O Governo, contudo, afirma que não aceita inscrições em que o representante legal seja uma pessoa colectiva.

Acresce que a situação chegou ao conhecimento das crianças e jovens em causa, que entendem a recusa do Governo como uma brutal discriminação de que são vítimas.

A instituição em causa contactou o Gabinete do Primeiro-Ministro, sem que contudo, este tivesse manifestado, até à data, qualquer sensibilidade com a questão.

Assim, ao abrigo da alínea e) do artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e da alínea d) do n.º1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos que através de Vossa Excelência, o Senhor Primeiro-Ministro responda às seguintes questões:

1. Tem o Senhor Primeiro-Ministro conhecimento da situação exposta? Há quanto tempo?
2. Que medidas pretende tomar para pôr fim à discriminação contida no regulamento do Programa e-escola, impedindo que crianças institucionalizadas, cujo representante legal seja uma Instituição, acedam a esse programa de distribuição de computadores?

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Uma resposta a Requerimento. Programa “E-escola”

  1. Carlos José Cadavez diz:

    Este Governo não tem sensibilidade para entender as instituições de solidariedade social e outras instituições sem fins lucrativos.Não fico surpreendido pela situação criada pois o legislador, nunca viveu situações semelhantes, nem porventura solicitou apoios e informações a outros colegas para não fazer disparates em termos normativos.
    Mais uma vez é demonstrado o autoritarismo do 1.º Ministro e dos seus acólitos.
    Parece que o mais importante é existir um cidadão que agradeça ao poder instituído, receber o MAGALHÃES. Concerteza que as diversas Instituições podem agradecer a esmola uma vez e não cinquenta vezes” como seria desejável, por quem exerce o poder.

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